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O que são ‘mad skills’ e como hobbies podem ser diferencial na hora de conseguir emprego

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O que são ‘mad skills’ e como hobbies podem ser diferencial na hora de conseguir emprego

Newsletter FolhaCarreiras explica como atividades do tempo livre ajudam recrutador a entender perfil do profissional

Sabia que o que você faz no tempo livre pode contribuir para a construção de sua carreira? As “mad skills” vêm para provar que vida pessoal e profissional caminham juntas —e uma influencia diretamente a outra.

As “mad skills” podem ser traduzidas para o português como habilidades “fora de série” ou “incríveis” e consistem, basicamente, nos hobbies ou atividades realizadas para além do momento de trabalho.

↳ A proposta é conectar aquilo que o profissional faz na vida pessoal —seus hábitos e escolhas no tempo livre— com o desempenho no trabalho, explica Luana Lourençon, mentora de carreira.

Assim como as habilidades técnicas e comportamentais (hard e soft skills), elas podem ser um diferencial na hora da contratação ou, até, de uma promoção.

Por quê? As atividades podem ajudar o recrutador a entender melhor o perfil daquela pessoa e dar pistas de como ela vai lidar com desafios profissionais, diz Lourençon.

Veja exemplos de atividades e o que elas podem representar, de acordo com Bruno Barreto, especialista em recrutamento da Robert Half:

  • Tocar um instrumento musical pode indicar criatividade, disciplina e habilidades motoras;
  • Praticar esportes coletivos pode indicar bom trabalho em equipe, liderança e habilidades de comunicação;
  • Praticar esportes individuais, como corrida ou triatlo, pode indicar foco e disciplina;
  • Gostar de fotografia pode sinalizar habilidades de observação, criatividade e atenção aos detalhes;
  • Voluntariado indica empatia, liderança e trabalho em equipe.

Mas… Não é uma classificação categórica, aponta Luana Lourençon. São apenas indicativos que ajudam o recrutador ou RH a entender mais sobre o perfil da pessoa.

E como demonstrar as “mad skills”? LinkedIn é a principal ferramenta para isso, segundo a especialista. Ele funciona como uma espécie de vitrine de suas conquistas profissionais e, nesse caso, pessoais também.

  • Participou de uma corrida de rua? Dá para fazer um post: “Cinco coisas que aprendi com a corrida e que mudaram minha vida e carreira”.

“O profissional, fazendo esse movimento, reflete sobre como aquele hobby faz com que ele cresça e amadureça. As empresas, por sua vez, percebem a movimentação e os reflexos positivos que a atividade agrega”, explica Lourençon.

Dá também para acrescentar no currículo, aponta Bruno Barreto. Há duas formas de fazer isso:

↳ Na introdução. Ali no resumo, você pode colocar algo como: “Mariana, mãe do João, corredora de final de semana, com 10 anos de experiência em vendas…”

  • É uma forma mais descolada de se vender, explica Barreto. Mas há vagas para as quais o currículo precisa ser mais sério e não admite uma descrição assim.

↳ Nas atividades extracurriculares. Nessa parte do currículo, cabem experiências de voluntariado e intercâmbio, por exemplo.

Cuidado: é preciso ter coerência, orienta o especialista da Robert Half. As atividades devem ser expostas apenas se as habilidades envolvidas nelas fizerem sentido para aquela vaga em específico.

“Não sei qual o meu hobby”. Para ajudar a entender, questione-se: o que você faz com o seu tempo livre?

↳ “Se a resposta for: uso o meu tempo com coisas que não me importam, vale um profundo exercício de autoconhecimento para essa pessoa encontrar hobbies que gosta de fazer”, indica Lourençon.

E, claro, às vezes não sobra tempo para atividades. “Para uma mãe com filho pequeno, que trabalha e chega em casa para mais trabalho, pode ser que seu hobby seja curtir seu filho”, diz a especialista.

CONSELHOS DE CEO

Profissionais em cargos executivos dão dicas para quem está em início de carreira

Sobre ela: Paula Bellizia foi vice-presidente de Marketing do Google para América Latina, diretora de Operações da Microsoft para a América Latina, presidente da Microsoft Brasil e country manager da Apple no Brasil. Atualmente, é sócia e presidente de pagamentos do Ebanx, fintech brasileira de pagamentos com atuação global.

O que eu faria de diferente… Teve um momento da carreira em que fiquei muito centrada no meu próprio trabalho, sem desenvolver um networking de suporte. Criar redes de apoio profissional é algo muito importante, especialmente para mulheres.

Uma habilidade essencial… Colaboração. É preciso saber lidar com o novo, contribuir, colaborar com outras pessoas, co-construir soluções a que você, sozinha, não chegaria. Várias mentes juntas vão gerar ideias e oportunidades melhores.

Um conselho para jovens profissionais… Ter uma experiência diversa. Não estou falando de empresas diversas, mas desafios diversos para que você possa compor uma bagagem robusta, que te prepare para posições e outros desafios no futuro.

Com a inteligência artificial, uma dica é… Nunca parar de estudar. Não dá para viver alheio à transformação que a IA vai trazer. É muito importante entender como utilizar essas ferramentas para melhorar sua produtividade no trabalho e te diferenciar do ponto de vista de entregas.

EM BUSCA DE EMPREGO?

Uma dica para te ajudar a ser contratado(a)

Currículo x portfólio: qual a diferença?

  • Currículo: é um documento mais sucinto, com informações sobre seu histórico acadêmico e profissional. Deve usado para uma candidatura de vaga.
  • Portfólio: expõe seus trabalhos e pode ser usado na procura por emprego, em apresentações de reuniões de negócios e em networking.

Por que o portfólio é importante? Para atrair e negociar acordos com clientes, principalmente para profissionais freelancers. Também para conquistar oportunidades de emprego. Algumas vagas exigem o envio de portfólio como parte do processo seletivo.

Quais áreas mais pedem? Segmentos como design, jornalismo, moda, marketing, desenvolvimento web e arquitetura são os mais comuns.

Quer saber como montar o seu? Leia mais aqui.

Reprodução Folha de S.Paulo

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