Advogados investem em mentoria jurídica
Há profissionais abrindo empresas para ajudar no desenvolvimento profissional e mudança de carreira na área
Por Bárbara Pombo — De Brasília
21/11/2023 05h04
Advogados estão abrindo novas frentes de mercado por meio da criação de empresas de mentoria de carreira na área jurídica. O movimento recente segue tendência observada em escritórios de advocacia de grande porte que oferecem, há alguns anos, programas para ajudar no desenvolvimento profissional de associados e estagiários.
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A demanda por esse tipo de serviço surge diante de “crises existenciais” vividas cada vez mais por profissionais do Direito, afirma o advogado Gustavo Justino de Oliveira que fundou, em outubro, a startup DMJus.
Enxergar e gerenciar a própria carreira, identificar habilidades e propósitos, além de se adaptar a mudanças no mercado de trabalho são algumas das “pedras no caminho”, segundo Oliveira, que advoga há 32 anos e é professor na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
Armadilhas são colocadas no caminho, avalia, por um suposto status da profissão – ainda vista como meio de enriquecimento rápido – e de projeções feitas a partir de referenciais de profissionais de sucesso.
“Na mentoria, o mentorando fica no centro para se olhar no espelho. O objetivo é empoderar o advogado para decidir sobre seus rumos, inclusive para dizer ‘não’”, afirma.
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“Muitos chegam com urgência de resultado. O mentor faz perguntas, oferece reflexões, pontos de revisão e um plano de voo. O que existe são escolhas, se entender e a própria responsabilização com seu processo formativo”, diz a pedagoga Marleth Reis, sócia do DMJus.
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