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Inteligência Artificial ameaça advogado júnior

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Inteligência Artificial ameaça advogado júnior

Por Alexandre Secco

Me disseram que estamos testemunhando o fim da linha para o advogado júnior…

Dias atrás, em conversa com um advogado, sócio de uma firma muito grande, ouvi a seguinte história: ele contou que fez uma espécie de gincana no escritório. Escolheu advogados em começo de carreira para redigir uma peça, uma contestação, e deu a mesma tarefa para o ChatGPT. Os advogados levaram até três dias para fazer o trabalho, que, segundo ele, foi gerado com mais rapidez e qualidade pela inteligência artificial. Para constar, assumo humildemente que não sou expert em Inteligência Artificial, mas tenho sido um estudante disciplinado do assunto, especialmente em aplicações da nossa área, o Direito.

A história do meu amigo me deixou intrigado. Voltando a ela, vamos devagar… O caso omite algumas informações: os advogados foram bem instruídos para realizar a tarefa? O produto final gerado pela ChatGPT poderia ser anexado ao autos sem revisão de um profissional de carne e osso? Não tive essas respostas.

Nas minhas andanças, não juntei indícios sólidos de que estamos na iminência de uma revolução dentro dos escritórios. Uma coisa é o possível impacto causado por uma nova tecnologia, uma outra coisa é o tempo que essa tecnologia leva para ser integralmente assimilada. Basta ver que os softwares de gestão que começaram a ser usados na década de 90 até hoje não se tornaram ferramentas de uso universal na advocacia.

Apreensão justificada

De qualquer forma, tenho visto uma apreensão que julgo justificada, especialmente entre jovens advogados. O que já parece certo é que, sim, a inteligência artificial vai fazer boa parte do trabalho que é feito por advogados hoje —e também de médicos, engenheiros e jornalistas.

A janela de oportunidade

A questão é quando e como isso vai ocorrer. Creio que todos estamos em uma janela de oportunidade, que nos dá tempo para estudar, abraçar essa tecnologia e entender como ela pode nos ajudar a desempenhar melhor e com mais eficiência nosso trabalho. A inteligência artificial virá até nós. Não há para onde correr. Cada um deve escolher como vai recebê-la.

*Reprodução do site SeccoAtty Marketing Jurídico

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